O presidente dos Estados Unidos reafirma que o regime sírio usou armas químicas contra civis e que isso é inaceitável. No entanto, Barack Obama diz-se pronto a esperar para ver se o regime de Bashar al-Assad cumpre a proposta russa de entregar as armas químicas. No entanto, fica o aviso: os militares estão prontos a atacar a qualquer momento.
Numa declaração ao país de 15 minutos, na Casa Branca, Barack Obama repetiu que a situação na Síria mudou no dia 21 de Agosto quanto foram usadas armas químicas contra civis nos arredores de Damasco. Morreram 1400 pessoas, incluindo centenas de crianças.
“Ninguém nega que foram usadas armas químicas. Sabemos que o regime de Assad foi responsável. Os factos não podem ser negados”, disse o líder norte-americano.
Depois, Obama tentou explicar aos norte-americanos as razões pelas quais os Estados Unidos não podem ficar parados a assistir à morte de civis usando armas químicas.
“É um perigo para a nossa segurança. Se não fizermos nada outros ditadores podem usar armas químicas ou outras armas de destruição massiva. É um mundo que não podemos aceitar”, acrescenta.
O presidente dos Estados Unidos repete que os militares norte-americanos estão “prontos” a actuar e continuam de prevenção, mas, apesar disso, Obama continua à procura de uma solução pacífica. “Vimos sinais encorajadores nos últimos dias”. Por isso, Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China vão tentar nas Nações Unidas uma resolução que confirme que a Síria entrega as armas químicas que tem em seu poder. Essa é a proposta de Moscovo sobre a mesa, Bashar al-Assad passa o controlo desse tipo de armas para a comunidade internacional.
“Não devemos ser os polícias do mundo e prefiro soluções pacíficas”, disse também Barack Obama.
Se a solução pacífica acabar mesmo por não resultar, Obama avançará com um ataque cirúrgico, sem homens no terreno e por tempo limitado.
O líder norte-americano não teme retaliações da Síria em caso de ataque. “A Síria não tem capacidade para nos ameaçar”.