Emídio Guerreiro, antigo secretário de Estado do Desporto, espera que este “sai/entra” da Ucrânia na candidatura com Portugal e Espanha à organização do Mundial 2030 não seja prejudicial.
“Espero que prevaleça a parte política, simbólica, de olharmos para a Ucrânia como um palco de guerra onde existem coisas que não deviam existir”, refere.
O ex-governante admite que o chefe do governo português possa ter informações recentes de que a “limpeza” na federação ucraniana está a ser feita.
“Faço votos de que o saneamento diretivo se conclua rapidamente para voltar à normalidade. Para que esta parte política, benévola, não seja contaminada. Pressuponho que o primeiro-ministro tenha informações mais atuais de como está a situação federativa na Ucrânia”, acrescenta Emídio Guerreiro.
O antigo secretário de estado do Desporto não arrisca dizer se o simbolismo da presença da Ucrânia será decisivo na hora de a FIFA anunciar quem vai organizar o Mundial de futebol de 2030. Mas na proposta de organização que congrega Portugal, Espanha, Marrocos e Ucrânia há uma carga simbólica que importa sublinhar.
“Tem esse simbolismo fortíssimo. É uma candidatura conjunta de três países vizinhos. A inclusão da Ucrânia é um sinal que se pretende dar ao resto do planeta. O mundo do futebol quer manter o país incluído no maior espetáculo do mundo. Se é decisivo ou não iremos ver”, diz.
A Ucrânia continua a incorporar a candidatura de Portugal, Espanha e Marrocos à organização do Mundial de 2030.
A presença ucraniana na candidatura conjunta foi colocada em causa depois da suspensão do presidente da Federação de Futebol daquele país, Andriy Pavelko, por suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro.
Em março as dúvidas adensaram-se com a inclusão de Marrocos.
A Federação Portuguesa de Futebol informou na altura que a participação ucraniana seria "clarificada em tempo oportuno".
Esta quarta-feira, o primeiro-ministro António Costa deixou claro que a Ucrânia continua a integrar a candidatura.