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Três astrofísicos da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, calculam que existem 6% de hipóteses de o carro vir a colidir com a Terra no próximo milhão de anos.
O descapotável vermelho foi enviado para o espaço pelo megafoguetão Falcon Heavy, da empresa Space X de Elon Musk, também presidente da Tesla (que fabricou o veículo elétrico).
O carro foi enviado com o objetivo de atingir a órbita de Marte, mas atualmente está fora do trajeto previsto e, os primeiros cálculos indicavam que se dirigia para uma cintura de asteróides entre Marte e Júpiter.
A probabilidade de colisão com a Terra é muito baixa, mas os especialistas resolveram calcular com mais exatidão o risco.
As contas confirmam que a hipótese de que o carro vermelho regresse é diminuta: os astrofísicos não prevêem nenhuma colisão no próximo milénio.
A previsão da trajetória indica que o carro irá dar uma volta ao Sol a cada 18,8 meses.
A vida útil do veículo - antes que se desintegre - está estimada em algumas dezenas de milhões de anos. E nesse período o Tesla vai atravessar muitas vezes as órbitas da Terra e de Marte.
Numa dessas travessias, poderá passar muito perto dos dois planetas.
Os astrofísicos calculam que a primeira aproximação do carro vermelho à Terra poderá acontecer em 2091: o Tesla poderá passar mais próximo do que a distância a que estamos da Lua.
Estas “aproximações” e o efeito que podem vir a ter na trajetória a mais longo prazo do Tesla não permitem calcular com tanta exatidão para onde o carro seguirá depois. Para já, os três astrofísicos apontam para que o carro se aproxime primeiro da órbita de Vénus e só depois siga para Marte.
Os cálculos para períodos de tempo mais longos (milhões de anos) apontam que o carro tem 6% de hipóteses de “regressar” à Terra e 2,5% de hipóteses de entrar na atmosfera de Vénus.
Daqui a três milhões de anos, a probabilidade de uma colisão terrestre aumentará para 10%. Mas os astrofísicos reforçam que não há qualquer motivo para preocupação – o carro será queimado ao reentrar na atmosfera da Terra.