A periferia da capital da Ucrânia, Kiev, foi atingida por aparelhos não tripulados (drones) de fabrico iraniano disparados pelas forças russas.
Foi a quarta manhã consecutiva que os residentes da capital e arredores acordaram com sirenes de ataque aéreo, depois do grande ataque da Rússia em todo o país no início desta semana. Segundo o governador regional de Kiev, Oleksiy Kuleba, ainda não há informações sobre eventuais vítimas.
O vice-chefe do gabinete presidencial Kyrylo Tymoshenko adiantou no "Telegram" que “infraestruturas cruciais” na área foram atingidas, sem fornecer detalhes sobre quais.
Já na cidade de Mykolaiv, no sul do país, bombardeamentos russos destruíram, durante a noite desta quinta-feira, um prédio de apartamentos de cinco andares enquanto os combates continuavam ao longo da frente sul da Ucrânia.
O autarca de Mykolaiv, Oleksandr Sienkovych, disse que os dois andares superiores do prédio foram completamente destruídos numa único ataque e o resto do prédio ficou em escombros.
Vitali Kim, governador regional de Mykolaiv, contou que uma criança de 11 anos foi resgatada dos escombros onde permaneceu durante seis horas. As autoridades mantêm as buscas no mesmo local para detetarem sete pessoas que continuam desaparecidas.
O responsável local ucraniano disse que o prédio foi atingido por um míssil S-300 que geralmente é usado contra meios aéreos, acrescentando que "os russos aparentemente" estão a usar a arma contra alvos terrestres, de forma indiscriminada.
Estes ataques na Ucrânia sucedem-se aos que se verificaram nos últimos dias, sobretudo depois das forças ucranianas terem iniciado a contra-ofensiva na região ocupada pela Rússia. Os ataques desta semana das forças de Moscovo fizeram 19 mortos e mais de uma centena de feridos.
O conflito militar na Ucrânia começou a 24 de fevereiro.