A cerimónia de concessão de Honras de Panteão Nacional a Aristides Sousa Mendes decorre, esta terça-feira, no Parlamento. O antigo cônsul salvou milhares de judeus e outros refugiados do regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
O diplomata português em Bordéus, França, emitiu vistos à revelia das ordens do Governo de Salazar, o que lhe valeu a expulsão da carreira e uma vida com grandes dificuldades. A homenagem surge 80 anos mais tarde, através de uma placa simbólica que assinala um túmulo vazio.
Nascido em 19 de julho de 1885, Aristides de Sousa Mendes morreu em abril de 1954, no Hospital Franciscano para os Pobres, em Lisboa.
Esta é uma homenagem simbólica, ou seja, o túmulo na sala dois do Panteão Nacional, em Lisboa, vai estar vazio, o chamado cenotáfio. O corpo vai continuar no concelho de Carregal do Sal (distrito de Viseu), terra onde nasceu e viveu Aristides de Sousa Mendes, preservando a importância cultural e económica que a presença do corpo tem no turismo da região.
No Panteão estão sepultadas figuras como os escritores Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro, Almeida Garrett e Sophia de Mello Breyner Andresen, a fadista Amália Rodrigues, o futebolista Eusébio, e o marechal Humberto Delgado, ex-candidato à Presidência da República.
No panteão estão também alguns dos antigos Presidentes da República, como Sidónio Pais, Manuel de Arriaga, Óscar Carmona e Teófilo Braga.