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O Presidente da República considera que as novas fases de desconfinamento anunciadas na quarta-feira pelo Governo são uma tentativa de equilíbrio e uma forma de evitar “dois fundamentalismos”.
“Há uma tentativa de encontrar um equilíbrio e evitar dois fundamentalismos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, explicando que um desses fundamentalismos é o sanitário “que não reconhece que vivemos hoje uma situação diferente daquela vivíamos há uns tempos antes da vacinação e que o número muito elevado sobretudo de casos de jovens não significa mais internamentos, mais cuidados intensivos, mais mortes”.
O outro fundamentalismo a que o Presidente aludiu é o "fundamentalismo em termos de abertura, que ignora que há padrões europeus que são adotados pelos países que nos rodeiam”, afirmou.
O chefe de Estado alertou que, se Portugal atingir alguns desses indicadores “sem ser concertado com a Europa”, terá “custos na mobilidade e no turismo”.
Questionado se as medidas aprovadas em Conselho de Ministros - e que passam por manter a atual matriz de risco, mas diferenciar os territórios de baixa densidade populacional - conseguem esse equilíbrio, Marcelo respondeu que vão nesse caminho.
“Eu acho que as medidas que ontem [quarta-feira] foram conhecidas e estão a ser adotadas em vários países europeus são uma tentativa de encontrar um equilíbrio entre dois extremos. E estão sempre sujeitas a atualização, elas apontam para final de agosto, mas todas as semanas há avaliações”, disse.
Para o chefe de Estado, “é fundamental não voltar atrás, não recuar”, apelando a que haja “bom senso” que permita a abertura gradual da economia e da sociedade.
O Presidente da República falava aos jornalistas à margem de um encontro com membros da Comunidade Portuguesa e estudantes búlgaros de português na Embaixada de Portugal em Sófia, na Bulgária.