Duas novas sondagens, realizadas a pouco mais de uma semana do referendo à continuidade do Reino Unido na União Europeia, dão reforço da vantagem aos defensores da saída do país da União Europeia (UE)..
As consultas, publicadas pelo diário “The Guardian”, dão seis pontos de vantagem aos partidários do "leave". O “sim” à continuidade do Reino Unido no bloco comunitário tem 47% das intenções de voto, enquanto o “não” está nos 53%.
Também esta terça-feira, o diário “The Sun”, o jornal mais vendido no Reino Unido, tomou posição sobre o assunto e encheu a primeira página com um apelo ao voto na saída da União Europeia. Na manchete lê-se "acreditem na Grã-Bretanha".
No editorial, a direcção do diário escreve que está na hora de o país se livrar da ditadura de Bruxelas. Segundo o jornal, durante os 43 anos de permanência britânica, a União Europeia tem revelado ser "gananciosa, gastadora e incompetente".
"Estes resultados são consistentes com a maioria dos dados conhecidos nas últimas duas semanas, que mostram um certo enfraquecimento do campo favorável à permanência", disse ao “The Guardian” John Curtice, professor da universidade de Strathclyde.
"Já era evidente que esta corrida está muito mais renhida do que o primeiro-ministro [David Cameron] gostaria. Agora deve sentir-se incomodado perante a perspectiva de que o resultado [do referendo] possa estar realmente em dúvida", acrescentou.
Estas sondagens que dão vantagem ao "Brexit" levaram Cameron e o ministro da Economia britânico, George Osborne, a endurecer as mensagens sobre os perigos económicos de um rompimento com Bruxelas.
No domingo, Cameron advertiu os reformados, uma das franjas da população mais favorável à saída da UE, de que os problemas financeiros que resultariam do "Brexit" poriam em risco as suas prestações sociais e a manutenção do poder de compra.