A associação de produtores de Hollywood elegeu "Nomadland" como o melhor filme do ano, reforçando as hipóteses de ganhar o Óscar.
Embora a pandemia tenha forçado os estúdios a adiar o lançamento de grandes produções, o filme íntimo de Chloe Zhao, que segue os modernos nómadas que cruzam os Estados Unidos em autocaravanas, na maioria com atores amadores, já tinha conquistado os Globos de Ouro.
E, mais uma vez, "Nomadland" derrotou os principais rivais, "The Chicago Seven" e "Mank", ambos produzidos pela Netflix.
"Num ano em que todos levámos vidas tão isoladas e os filmes pareceram tão essenciais, estamos orgulhosos deste filme que fala à comunidade e nos une", disse o produtor de "Nomadland" Peter Spears.
Os prémios da Producers Guild of America (PGA) são considerados um barómetro relativamente fiável para o Óscar, que serão atribuídos no final de abril. Composta por cerca de oito mil profissionais, a associação de produtores já distinguiu dez dos últimos 13 vencedores do Óscar de melhor filme.
Com a pandemia da Covid-19 a obrigar ao encerramento de cinemas e a perturbar os horários dos estúdios, os serviços de vídeo a pedido saíram reforçados pela procura crescente, o que se traduzido nestes prémios de cinema.
Netflix e Amazon conseguiram juntos mais de metade das nomeações nos prémios PGA, mas acabou por ser um filme ("Nomadland") produzido pela subsidiária da Disney Searchlight que levou o principal prémio da noite.
A Disney também ganhou na categoria de animação com "Soul" e na categoria de filmes de televisão com o musical "Hamilton".
A Netflix conquistou o prémio de melhor documentário para o drama aquático "A Sabedoria do Polvo", também no seu caminho para o Óscar.
Também na Netflix, "The Lady's Game" ganhou o prémio para minissérie, tal como "The Crown" para série dramática.
A última temporada de "Schitt's Creek" ganhou, sem surpresa, na categoria de comédia, enquanto "Last Week Tonight", o 'talk show' do britânico John Oliver, ganhou o prémio PGA na categoria pelo sexto ano consecutivo.