O ministro da Saúde remete para dia 18 de julho uma resposta sobre a transferência ou não do Infarmed para o Porto.
Em resposta ao PSD, no Parlamento, Adalberto Campos Fernandes diz que vai ler o relatório do grupo de trabalho criado para estudar esta hipótese.
Mas, para já, o ministro não tem resposta para dar aos deputados ou ao presidente da câmara do Porto.
“Há duas linhas vermelhas que eu sempre disse que iriam ser tidas em conta. A primeira: a qualidade, a segurança e a proteção do direito ao interesse público. A segunda: a questão dos trabalhadores e a questão do seu interesse vital. Estamos a ler o documento, venho cá no dia 18 a uma audição específica sobre este tema do Infarmed e nessa altura teremos mais dados”, disse.
O deputado do PSD, Ricardo Batista Leite, leu destas palavras do ministro da Saúde que o governo já decidiu pela não transferência do Infarmed para o Porto.
“Hoje o senhor ministro deixa-nos uma mensagem muito importante sobre o Infarmed. Deixou claro que há duas linhas vermelhas que nós subscrevemos: o interesse público do ponto de vista de segurança e qualidade e aquilo que é o interesse dos profissionais. Ora, sabendo nós que 99% dos profissionais não querem ir para o Porto, sabendo nós que a direção-geral de saúde coloca no relatório por escrito que há um risco de disrupção da missão e riscos de saúde pública pela deslocalização, fica-me evidente que o Governo não vai deslocalizar o Infarmed para o Porto”, refere.
O ministro da saúde acabou a criticar o PSD por gastar mais de metade do tempo da interpelação desta tarde a discutir a deslocalização de um instituto público para o Porto.