O primeiro-ministro, António Costa, deixa entender que não há mais nada a negociar com os professores sobre o descongelamento de carreiras.
“Nós já negociámos com os professores. Fizemos uma proposta, a proposta foi recusada, fizemos um diploma, está concluída a audição das regiões autónomas, agora, o processo legislativo prossegue”, declarou o chefe do Governo.
Em declarações aos jornalistas, em Loures, António Costa disse que o Conselho de Ministros aprovará o decreto, que depois seguirá para o Palácio de Belém, mas não quis antecipar o seu conteúdo.
"Não me antecipo ao Conselho de Ministros", declarou.
Quando questionado sobre a aprovação, na segunda-feira, na Assembleia da República, de uma alteração à proposta de Orçamento de Estado para 2019 que obriga o Governo a regressar à mesa das negociações com os professores, de forma a concretizar a reivindicação de nove anos, quatro meses e dois dias, embora sem estabelecer qualquer prazo para a respetiva concretização, o chefe do executivo respondeu que já negociou com os professores.
António Costa disse ainda não comentar "votações parciais do Orçamento", depois de notar que foram apresentadas quase mil propostas de alteração, remetendo uma apreciação para quinta-feira, dia da votação final global do documento na Assembleia da República após um debate que será encerrado por si próprio.
"Só com a votação final global é que teremos a apreciação conjunta do Orçamento. Vamos aguardar por quinta-feira de manhã", concluiu o primeiro-ministro, que falava à margem de uma visita à fábrica da Science4you, em Loures, acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.