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O cardeal patriarca de Lisboa avançou, este domingo, que a Jornada Mundial da Juventude de 2022 vai realizar-se nas margens do rio Tejo, na zona do mar da Palha, depois do Parque das Nações, e vai chegar ao concelho de Loures.
"É o sítio mais que provável: a margem do Tejo. O rio Tejo quando chega a Lisboa faz um mar - que nós chamamos o mar da Palha - e que tem esta circunstância especial: o respetivo perímetro é praticamente o perímetro do mar da Galileia por onde Jesus andou. E vai ser aí no seguimento do magnífico campo onde se fez a Expo98, para leste desse espaço, um amplo terreno, sítio lindíssimo, com vias de comunicação, quer ferroviárias quer rodoviárias e também não fica longe do aeroporto. Melhor não podia ser".
São esperados entre um milhão e dois milhões de jovens. "Não me lembro de nada em que tivéssemos reunido e não estaremos muito longe de ter entre um milhão e dois milhões de jovens em Lisboa nesse verão de 2022, que vai animar a todos como sociedade e a rejuvenescer também com eles", refere.
Em conferência de imprensa, D. Manuel Clemente lembra o exemplo das 'Missões País', como prova de que Portugal e a juventude portuguesa já se prepara para um evento como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que Lisboa vai receber em 2022.
"Será
um motivo de beleza, de coisa construtiva que nos fará bem a todos", disse D. Manuel Clemente.
“Lisboa,
a cidade de onde partiu tanta coisa, voltará a ser um cais de embarque,
desembarque e retorno”, acrescentou.
O Cardeal adianta ainda que Portugal tem a melhor relação com todas as outras confissões religiosas e essa é "uma dimensão necessária e indispensável". Lisboa é "uma cidade de todos para todos".
A ligação com África, reafirma D. Manuel Clemente, foi um ponto decisivo a favor de Portugal quando chegou a altura do Papa escolher o país organizador. A questão já tinha sido referida quer pelo cardeal quer pelo Presidente Marcelo, em declarações exclusivas à Renascença.
A Jornada Mundial da Juventude será em 2022, no verão, "mas ainda não há data", referiu Alexandre Melo, secretário do dicastério.
O presidente da Câmara de Lisboa diz que é com "Imensa alegria e grande orgulho" que "podermos ser a capital que vai reunir milhões de jovens de todo o mundo, unidos pela sua fé e pelos seus valores da dignidade humana". Fernando Medina refere que este encontro transcende muito a igreja católica e lembra que Lisboa "é uma cidade aberta, que acolhe pessoas de todo o mundo e se afirma pela liberdade".
Medina espera que sejam "as maiores, melhores e mais vibrantes Jornadas mundiais da Juventude ". O autarca deixa já a promessa: No local serão desenvolvidas "as infraestruturas necessárias, não só a acolher as jornadas, mas também o processo de reconversão para que ali se mantenha até como lembrança".