A nova taxa sobre os sacos de plástico entra em vigor no domingo. Quem vai às compras paga 10 cêntimos por cada saco ou terá de ir prevenido de casa, levando consigo um reutilizável.
A nova regra a que os portugueses terão de se habituar, imposta por lei em nome da protecção do ambiente, é bem vista pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
O sector apenas se queixa do pouco tempo que teve para se reajustar à medida, diz à Renascença a directora-geral da APED, Ana Trigo Morais: “O prejuízo imediato que nós conseguimos sentir foi o de termos tido pouco tempo para podermos fazer a transição para este novo quadro legal”.
Ana Trigo Morais acredita que o reajustamento será rápido e que “a partir de dia 15, em colaboração com a indústria que é fornecedora de soluções alternativas para os sacos de plástico, vamos ter os consumidores a pagarem mais, os agentes económicos a cumprirem as suas obrigações legais”.
“O importante é que não haja mais custos ambientais e que haja de facto ganhos ambientais que do nosso ponto de vista deve ser o grande objectivo da medida”, sublinha a directora-geral da APED.
O Governo promete que a entrada em vigor da nova lei vai ser acompanhada no terreno por uma maior fiscalização. Em declarações à Renascença, o ministro do ambiente, Jorge Moreira da Silva, diz que esta medida traz vantagens ambientais e económicas e promete fiscalização.
A taxa sobre os sacos de plástico foi criada no âmbito da nova Fiscalidade Verde, anunciada no ano passado.
A reforma, que também comtempla uma nova taxa de carbono que pode fazer aumentar os preços dos combustíveis e da energia, vai render ao Estado cerca de 150 milhões de euros em 2015.
[Notícia actualizada às 11h03]