Pelo menos 35 pessoas morreram este domingo e 134 ficaram feridas num bombardeamento que visou uma base militar perto de Lviv, no oeste da Ucrânia, segundo um novo balanço adiantado pelo governador da região, Maxim Kozitsky.
Um primeiro balanço tinha revelado a morte de pelo menos nove pessoas e de 57 feridos neste ataque à base de Yavoriv, a cerca de 40 quilómetros a noroeste de Lvivi e a cerca de 25 quilómetros da fronteira com a Polónia.
De acordo com informações preliminares, as forças russas dispararam oito mísseis, disse a administração regional de Lviv, num comunicado inicial.
Esta base militar em Yavoriv serviu, nos últimos anos, como campo de treino para as forças ucranianas sob a supervisão de instrutores estrangeiros, principalmente americanos e canadianos.
A base de Yavoriv também foi um dos principais centros usados para exercícios militares conjuntos entre as forças ucranianas e da NATO. As tropas estrangeiras deixaram a Ucrânia pouco antes do início da invasão russa.
É também a esta base que chega parte da ajuda militar entregue à Ucrânia pelos países ocidentais.
O ataque relatado hoje ocorre depois de a Rússia ter ameaçado no sábado atingir armas que os países ocidentais estão a enviar para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea portáteis e sistemas de mísseis antitanque.
O Exército russo, que iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, concentrou seus objetivos no leste e sul do país, bem como ao redor da cidade de Kiev.
Há vários dias, os ataques também atingem áreas do oeste do país, próximos às fronteiras com a Polónia e a Moldova, os pontos mais utilizados pelos ucranianos que se querem refugiar na União Europeia.
A ofensiva militar russa na Ucrânia já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
[notícia atualizada às 11h00]