O secretário de Segurança Interna norte-americano, Alejandro Mayorkas, considerou este sábado que o extremismo doméstico é atualmente a maior ameaça terrorista nos Estados Unidos.
"Estamos muito focados no extremismo doméstico violento. É nossa maior ameaça, uma ameaça relacionada com o terrorismo. Estamos muito focados nisso", afirmou Mayorkas em entrevista à televisão “NBC News”.
O responsável pela Segurança Interna garantiu que os funcionários do departamento que dirige continuam a monitorizar de perto esse tipo de ameaças, enquanto enfrentam a crescente chegada de imigrantes sem documentos desde a fronteira com o México.
Sobre o extremismo interno, "já fizemos muito, mas temos planos para fazer mais", disse.
Mayorkas mencionou o tiroteio de terça-feira passada contra três estabelecimentos de massagens asiáticas em Atlanta (Geórgia), onde oito pessoas morreram, embora tenha evitado associar o crime a atos terroristas.
"Os nossos corações e nossas orações vão para as vítimas dos trágicos homicídios na região de Atlanta", comentou.
As primeiras notícias sobre o tiroteio rapidamente o ligaram à onda de crimes de ódio nos EUA contra pessoas de ascendência asiática, mas, mais tarde, o suspeito admitiu às autoridades que atirou contra esses estabelecimentos porque os "culpou" de manter seu vício ativo, dizendo que queria eliminar a tentação.
Vários protestos e vigílias realizaram-se sábado em diversas cidades norte-americanas, como Atlanta, Nova York, São Francisco ou Pittsburgh, para condenar o racismo contra pessoas de origem asiática, após os tiroteios em que seis dos oito mortos foram mulheres deste grupo racial.
O suspeito, de 21 anos, identificado como Robert Aaron Long e que assumiu a responsabilidade pelos três tiroteios, foi detido a cerca de 250 quilómetros a sul de Atlanta quando se dirigia para a Florida, possivelmente para cometer outros crimes semelhantes.