O ator Matthew McConaughey fez esta terça-feira um veemente apelo a novas medidas para o controlo de armas nos Estados Unidos, após o massacre numa escola primária de Uvalde, no Texas, de onde é natural.
“Façam com que a perda destas vidas seja importante”, declarou Matthew McConaughey, numa mensagem proferida na Casa Branca, a residência oficial do Presidente dos EUA, em Washington.
Visivelmente emocionado, o famoso ator norte-americano homenageou as 21 vítimas do massacre de Uvalde, mostrando fotografias de algumas das 19 crianças que morreram.
Proprietária de uma arma de fogo, Matthew McConaughey apelou ao Congresso que desta vez tome medidas para controlar o acesso a armas de assalto nos Estados Unidos.
O ator, que conquistou um Óscar pela sua interpretação no filme “O Clube de Dallas”, passou a última semana na sua terra natal de Uvalde, Texas, a acompanhar os familiares das vítimas.
Na declaração na Casa Branca, emocionou-se ao falar de Maite Rodriguez, uma menina de 10 anos que sonhava ser bióloga marinha, mas acabou por ser morta na escola por um jovem com problemas de saúde mental, fortemente armado.
Camila, a mulher de McConaughey, também marcou presença na cerimónia na Casa Branca e trouxe consigo as sapatilhas favoritas de Maite Rodriguez.
“Ela usava-as todos os dias, umas Converse verde, com um coração no dedo do pé direito. Estes são os mesmos Converse verdes que acabaram por ser a única evidência clara que poderia identificá-la no tiroteio”, devido aos ferimentos provocados pela espingarda automática AR-15 utilizada pelo atirador, declarou o ator.
Matthew McConaughey também se deslocou ao Capitólio, onde esteve reunido com um grupo de congressistas.
O texano exigiu ação para evitar novos massacres e promover a “posse de armas responsável”.
“Temos que aumentar para 21 anos a idade mínima de compra de armas como a AR-15. Precisamos de um período de espera para essas espingardas. Precisamos de leis de bandeira vermelha e consequências para aqueles que as violam. Estes são regulamentos táticos práticos razoáveis", defendeu o ativista.