O presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CMP), Emídio Sousa, diz que Portugal “está num lote muito restrito de países que reúnem condições para receber” a sede da Agência Europeia do Medicamento.
O também presidente de Câmara de Santa Maria da Feira, que anunciou esta terça-feira a cedência da presidência da CMP a um autarca do PS, afirmou, em conferência de imprensa, que na passada semana, esteve em Bruxelas a fazer “lobby” no Parlamento Europeu, “com personalidades importantes do Partido Popular Europeu”.
“Foi importante porque, neste momento, estão a organizar-se sindicatos de voto porque vai haver uma primeira ronda e depois um conjunto mais pequeno de países passará para uma segunda ronda”, disse.
Emídio Sousa explicou que “cada país dá três votos à primeira opção, e dois à segunda opção, o que significa que todos os países com candidatura” vão dar mais votos ao seu próprio candidato.
“Portanto, o importante é captar os dois votos que dão acesso à próxima ronda. Os votos espanhóis estão seguros, tal como os da Suécia, e mais dois ou três países que não se pode revelar. A candidatura portuguesa fez um trabalho de diplomacia que indica que vamos passar à segunda ronda”, assegurou, acrescentando que na fase seguinte importa captar os votos dos que não passam.
O autarca realçou ainda as possibilidades de investimento que uma “das agências mais cobiçadas na Europa” pode gerar, não só na região Norte e na Área Metropolitana do Porto, mas também no concelho de Santa Maria da Feira, no qual já lhe foram garantidos “investimentos significativos”.
“Falamos de 900 trabalhos altamente qualificados de meio académico, científico, cultural, hotelaria, restauração, transportes. Mexe com tudo isto. Não é por acaso que estou empenhadíssimo nesta candidatura”, explanou.
Finalizou, garantindo que já fez “contactos ao mais alto nível”, em Bruxelas, para atrair para Santa Maria da Feira “empresas de investigação e farmácia muito importantes”.