Na catequese desta quarta-feira, o Papa encorajou a fé de tantos cristãos que, “neste mesmo momento em diversos pontos da terra, sofrem perseguição”. E recordou, a propósito das “bem-aventuranças” evangélicas, que “a história ensina que o mundo, com as suas ‘estruturas de pecado’, torna a mentalidade humana fechada e hostil às sugestões do Espírito de Deus”.
“Um mundo egoísta e indiferente sente-se incomodado à vista duma pessoa cuja vida é a prova de que se pode ser feliz na renúncia e na doação aos outros. Então, o mundo ou aceita a proposta e se abre ao bem ou rejeita a luz e endurece o coração, chegando à violência e perseguição”, afirmou.
Nesta catequese, Francisco expressou proximidade aos que continuam a ser perseguidos, dizendo-lhes: “somos um único corpo e estes cristãos são os membros ensanguentados do corpo de Cristo que é a Igreja”.
Uma “grande figura de mulher”
Na habitual catequese das quartas-feiras, o Papa valorizou “esta grande figura de mulher” pela sua “coragem de ação e inexorável esperança que a sustentam nas horas mais difíceis, mesmo quando tudo parecia perdido”.
Francisco elogiou “a fé forte” desta mulher que viveu no séc. XIV (1347-1380) durante a peste e que, apesar da sua simplicidade, conseguiu influenciar as autoridades civis e eclesiásticas da época, incluindo o próprio Papa. Pela sua lucidez e sabedoria, esta religiosa dominicana viria a ser proclamada doutora da Igreja, padroeira da Itália e co-padroeira da Europa, Catarina de Sena.
“Que o seu exemplo ajude cada um de nós a saber unir, com coerência cristã, um intenso amor à Igreja a uma eficaz solicitude a favor da comunidade civil, especialmente neste tempo de provação”, conclui o Santo Padre.
Também na missa que celebrou logo de manhã, na Casa Santa Marta, Francisco pediu que esta santa italiana interceda “pela unidade da União Europeia, para que todos juntos possamos ir em frente como irmãos”.