Ricardo Rocha espera “dia de glória do Benfica” em Milão
19-04-2023 - 12:45
 • Pedro Castro Alves

Antigo defesa encarnado considera “possível ter esperança” no apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões. Águias têm de “arriscar tudo” depois de três derrotas consecutivas.

Ricardo Rocha, antigo defesa do Benfica, por quem também defrontou o Inter de Milão, espera um “dia de glória” na visita a Itália e deseja uma “grande vitória” que permita aos encarnados reverter o 0-2 da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, no Estádio da Luz.

“É possível ter esperança, porque a equipa tem mostrado muita qualidade desde o início da época. Infelizmente as coisas não têm corrido tão bem nas últimas semanas, mas creio que é uma oportunidade para os jogadores mudarem o momento. Será uma equipa motivada e muito concentrada”, antevê, em declarações a Bola Branca.

“Eficácia” será a chave para quebrar o momento negativo do Benfica. As águias vêm de derrotas consecutivas frente a FC Porto, Inter e Chaves, os últimos dois sem marcar qualquer golo.

“Nestes três jogos ficou algo evidente a dificuldade do Benfica em desbloquear o adversário, terá de arranjar alternativas, atrair o adversário para criar espaços. Terá de ser eficaz e arriscar tudo, porque seria importante marcar cedo”, explica Ricardo Rocha.

Trazendo uma desvantagem de 0-2 da primeira mão, o Benfica está obrigado a entrar “ao ataque” no Estádio Giuseppe Meazza. Para Rocha, esse é “um risco que terão de correr” para sonhar com as meias-finais.

“Vimos, no jogo contra o Porto no Estádio do Dragão, que o Inter defendeu muito, praticamente abdicou de atacar e, mesmo assim, o Porto conseguiu ter várias oportunidades para marcar. O Benfica saberá que vai acontecer o mesmo, mas não há muito a fazer senão tentar impor-se”, sublinha.

Folgas e mau momento são “infeliz coincidência”

Nesta entrevista à Renascença, Ricardo Rocha alinha com Roger Schmidt, que afastou a ideia de a semana de férias dada aos jogadores no período de seleção ter afetado o momento de forma.

Para o antigo defesa, os dias de descanso foram “mais a nível mental”, até porque “o trabalho diário deve ter continuado”. As três derrotas consecutivas depois das folgas são uma “infeliz” coincidência.

“Creio que foi só uma infelicidade o facto de ter sido dado este período de férias e depois a equipa ter tido esta fase menos boa. Obviamente, numa equipa como o Benfica, nesta fase, tudo é posto em causa, mas acredito que nada tem que ver com esse período de descanso”, conclui.

O Inter de Milão-Benfica, da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, está marcado para esta quarta-feira, às 20h00, em Milão. Encontro com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.