Quase 325 mil pessoas estão empregadas no setor da construção civil - um número recorde nos últimos 10 anos.
Segundo os dados avançados pelo presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil (AICCOPN) ao Diário de Notícias, no espaço de um ano, a indústria da construção conseguiu atrair mais de 26 mil novos trabalhadores.
Mas Manuel Reis Campos Continuam revela que faltam 80 mil trabalhadores para responder ao fluxo de obras que se avizinha para os próximos anos, nomeadamente, as do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
E isto apesar de o emprego no setor ter registado um crescimento homólogo de 9% no terceiro trimestre de 2022, tendo agora na sua alçada 324.900 trabalhadores. Segundo frisa, nesse período, o emprego na indústria da construção “correspondia ao nível mais elevado dos últimos 10 anos”.
Ao problema da falta de mão-de-obra, soma-se o aumento dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção. É certo que a subida dos preços abrandou nos últimos meses do ano passado e, em alguns materiais, uma estabilização, mas não o suficiente para aliviar as empresas.
O último inquérito à situação da indústria da construção efetuado pela AICCOPN revelou que o problema do aumento dos preços das matérias-primas, energia e materiais afeta 73% das empresas que operam no segmento das obras públicas. Já a escassez de matérias-primas e materiais de construção foi o terceiro constrangimento mais assinalado, tendo sido identificado por 43% das construtoras, refere o jornal.