O Partido Democrata arranca esta segunda-feira com a convenção em Chicago que vai celebrar Kamala Harris como a candidata às Presidenciais dos EUA em novembro e assinalar a a saída de cena de Joe Biden enquanto a principal figura Democrata dos últimos quatro anos.
Foi, aliás, o atual Presidente dos EUA a encerrar a convenção de 2020. É tradicional que o nomeado do partido seja sempre o derradeiro discurso do evento. Há alguns meses, Joe Biden deveria estar à espera de fazer o mesmo, quatro anos depois. No entanto, tudo mudou.
Agora, a missão será assinalar os pontos fortes da sua vice-Presidente, Kamala Harris, que conseguiu a nomeação Democrata sem qualquer oposição credível, num processo de unificação do partido com o objetivo final de derrotar Donald Trump nas urnas.
A missão, durante os próximos quatro dias, também passará por realçar os contrastes entre Kamala Harris, antiga procuradora mulher e de etnia africana e asiática, e Donald Trump, condenado em tribunal e acusado, repetidamente, de machismo e racismo.
Contudo, a candidata em si não deverá apontar às questões identitárias, optando por centrar-se em duas mensagens: a ameaça à democracia e as ideias de progresso promovidas pelo Partido Democrata.
Haverá, por isso, um foco num dos chavões mais bem recebidos da (nova) campanha: "We are not going back" (Não vamos voltar atrás), numa crítica às políticas mais conservadoras do Partido Republicano.
O discurso de Tim Walz será outro momento alto da convenção, em que deverão surgir ataques J.D. Vance, a escolha frágil de Trump para a vice-Presidência.
Barack Obama, Michelle Obama, Bill Clinton e Hillary Clinton vão discursar, ao longo dos próximos dias.
A convenção contará com estrelas como o artista John Legend, estando ainda em dúvida se também Beyoncé ou Taylor Swift.