Espanha. Contentor com milhares de pedaços de plástico colorido escondia mais de 1.400 kg de cocaína
17-02-2022 - 11:59
 • Olímpia Mairos

Foram detidas 18 pessoas. A operação, que contou com o apoio de uma agência norte-americana, visou interromper corredor marítimo de tráfico de droga da América do Sul.

A Guarda Civil Espanhola, numa operação conjunta com forças policiais de vários países, desmantelou uma importante organização criminosa dedicada a introduzir cocaína na Espanha por via marítima, proveniente da América do Sul.

No âmbito da operação denominada "Picass 21" foram presas 18 pessoas, 16 homens e duas mulheres. Os suspeitos têm entre 23 e 59 anos e são de nacionalidade colombiana, equatoriana, boliviana, espanhola, albanesa e holandesa.

A polícia fala num novo método e mais sofisticado de ocultação de droga, referindo no contentor chegado ao Porto de Algeciras foram encontrados 22.000 quilos de flocos de PET multicoloridos ("polietileno tereftalato", um tipo de plástico muito utilizado no fabrico de contentores de bebidas e têxteis), distribuídos em 906 sacos de 25 quilos cada.

Segundo a polícia, a dificuldade de deteção da substância, prende-se “não apenas com o pequeno tamanho das partículas, mas também porque a cocaína tinha sido originalmente submetida a um processo químico, o que a fez não reagir à análise de determinados testes rápidos”.

“Após análise cuidadosa deu como resultado 87 sacos contendo partículas vermelhas e verdes, misturadas com flocos de PET, não sendo fácil de diferenciar a olho nu, mas que, após serem submetidas a um teste especializado, deram resultado positivo para cocaína”, explica em comunicado.

De acordo com a Guarda Civil Espanhola, a operação resultou na apreensão de 1.461 quilos de cocaína, 74 gramas de cocaína já processada, dezenas de latas e barris de substâncias que podem ser usadas para cortar cocaína, duas balanças de precisão, uma prensa hidráulica, mais de 5.000 euros em dinheiro e uma viatura equipada com compartimento oculto, habilitado para o transporte de droga.

Foram ainda desmantelados dois laboratórios de cocaína.

Esta megaoperação, cuja investigação arrancou em abril do ano passado, contou com o apoio da DEA (Drug Enforcement Administration), dos Estados Unidos, e a DIRAN (Direção Antidrogas) da Polícia Nacional da Colômbia e da Polícia Nacional do Equador.