O incêndio que lavra na ilha de Tenerife, nas Canárias, Espanha, abrandou o seu avanço graças aos esforços de contenção e a um tempo mais favorável durante a noite, mas consumiu já 3.273 hectares de floresta em oito concelhos, uma área equivalente a mais de 3.000 campos de futebol, informaram nesta sexta feira as autoridades locais.
Segundo a agência Reuters, Fernando Clavijo, chefe regional das Ilhas Canárias, disse que não houve mais evacuações durante a noite e que as autoridades estavam a considerar o levantamento das restrições impostas a quase 4.000 residentes que tinham recebido ordens para ficar em casa.
Por outro lado, "não se registaram novas evacuações", acrescentou Clavijo, que classificou o incêndio como o mais complexo que o arquipélago do Oceano Atlântico enfrentou nos últimos 40 anos, devido a uma combinação de tempo quente, seco e ventoso, bem como a um terreno difícil.
Entretanto, todos os acessos às montanhas de Tenerife, incluindo o Monte Teide e o Instituto de Astrofísica do Teide, foram encerrados como medida de precaução, estando os dois aeroportos da ilha a funcionar normalmente.
Em 2022, 300 mil hectares foram destruídos por mais de 500 incêndios em Espanha, um recorde na Europa, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Mais de 71.000 hectares já arderam em 2023 neste país.