Duas centenas de crianças, com idades entre os cinco e os 11 anos, em Viena de Áustria, vão começar a receber vacinas contra a Covid-19 na próxima semana, como parte de um projeto-piloto, noticiaram os meios de comunicação social austríacos, este sábado.
A emissora austríaca ORF noticiou que cerca de 200 crianças, entre os cinco e os 11 anos de idade, podem receber doses da vacina Pfizer/BioNTech na capital austríaca, a partir de segunda-feira. O projeto-piloto é limitado apenas a Viena e não se aplica ao resto do país.
Enquanto nos Estados Unidos ou Israel as crianças desta faixa etária já podem ser oficialmente vacinadas contra a Covid-19, a Agência Europeia de Medicamentos, que regula a aprovação na União Europeia (UE), ainda não deu autorização para a vacinação de crianças com menos de 12 anos de idade.
O regulador de medicamentos da UE disse, no início desta semana, ter começado a avaliar se deveria autorizar a vacina da Moderna para crianças dos cinco aos 11 anos e que desde o mês passado tem vindo a avaliar a vacina feita pela Pfizer-BioNTech para a utilização no mesmo grupo etário.
A agência não disse exatamente quando irá tomar uma decisão sobre as duas vacinas, mas os meios de comunicação social relataram que, pelo menos para a Pfizer/BioNTech, a decisão poderia chegar antes do Natal.
Como o número de infeções está a aumentar em todo o continente a uma velocidade preocupante, a aprovação da vacinação para crianças pequenas traria um alívio muito esperado para milhões de famílias em toda a UE.
Apesar da falta de uma aprovação oficial de emergência, vários pediatras na Áustria já têm vindo a vacinar crianças desta faixa etária, uma vez que a procura é muito elevada, tendo em conta que a taxa de infeção no país está a aumentar, informou a ORF.
"O interesse na vacinação fora do âmbito da UE é enorme", disse Peter Voitl, pediatra e especialista em vacinação da Associação Médica de Viena, à ORF. "Vacinamos o grupo etário dos cinco aos 11 anos na nossa clínica e temos várias centenas de pessoas na lista de espera", afirmou.