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O Presidente da República está ao lado do primeiro-ministro nas críticas que António Costa fez ao ministro holandês das Finanças. Marcelo Rebelo de Sousa considera que “não podemos aceitar, neste momento crítico que vivemos, atuações que enfraqueçam a Europa”.
O chefe de Estado afirmou mesmo que também ele se indigna “pela Europa não perceber que tem que ser unida, corajosa e solidária.” Sublinhando que, se cada estado membro começa a criticar os outros, a solidariedade deixa de ser possível, Marcelo afirma ainda que “é em nome da solidariedade que temos o direito de não perceber a falta de solidariedade dos outros, até porque estamos todos no mesmo barco.”
Ainda sobre a Europa, o chefe de Estado confessou que não se surpreendeu com os resultados do Conselho Europeu da última quinta-feira. “A Europa já estava a viver grandes divisões. Agora deu alguns passos, mas são tímidos e insuficientes. Não avançou, por exemplo, no capítulo das “eurobonds”, como pretendia o primeiro-ministro português”. E acrescentou: “Esta crise é essencial para se perceber se a Europa quer ser corajosa e virada para o futuro.”
Bombeiros, enfermeiros e farmacêuticos em Belém
Marcelo recebeu esta sexta-feira o presidente da Liga dos Bombeiros e as bastonárias da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Farmacêuticos. Relativamente aos bombeiros, manifestou a sua gratidão e alertou para a possibilidade destes profissionais terem, num futuro próximo, que acumular o trabalho humanitário com o combate aos fogos.
Do encontro com as bastonárias. O Presidente disse ter ficado impressionado com o sentido de unidade destes profissionais e deu voz à preocupação de Ana Rita Cavaco que tem pedido um reforço dos testes para os enfermeiros que têm estado em contacto com doentes assintomáticos. No que toca à falta de material de proteção pessoal e de outros meios, afirmou que o facto de esta ser uma situação inédita, não permitiu antever que ia ser necessário tanto material e tão sofisticado, a reforçou o apelo para que seja feito tudo no sentido de eu esse material nunca falte.
Os dados revelados esta sexta-feira pela Direção-Geral de Saúde e que apontam para um achatamento da curva de progressão da doença exigem, na opinião do chefe de Estado, uma grande resistência dos portugueses. Marcelo pediu a todos para que façam o esforço de continuar em casa, não caiam na tentação de juntar a família para celebrar a Páscoa. Pediu também aos emigrantes que não venham a Portugal neste período.