O circuito feminino de ténis vai regressar em setembro à China, após mais de um ano de ausência, devido ao caso que envolveu a tenista chinesa Peng Shuai, anunciou esta quinta-feira a WTA, em comunicado.
O organismo decidiu em dezembro de 2021 deixar de realizar torneios na China, em resposta ao desaparecimento de Peng Shuai durante várias semanas, depois de a jogadora -- que chegou a sagrar-se campeã de Wimbledon e Roland Garros na variante de pares - ter acusado um antigo vice-primeiro-ministro chinês de abusos sexuais. "A WTA levanta a suspensão de organização de torneios na China e as provas serão retomadas a partir de setembro" naquele país asiático, indicou a associação, apesar de ter reconhecido que a situação da tenista "não conheceu qualquer alteração".
No início de novembro de 2021, a antiga número um mundial de pares, de 37 anos, acusou Zhang Gaoli de a ter forçado a ter relações sexuais, durante um relacionamento que durou vários anos, em publicação na rede social chinesa Weibo. Depois destas acusações a tenista esteve desaparecida durante várias semanas, o que motivou grande preocupação a nível internacional, até que o presidente do Comité Olímpico Internacional conseguiu falar com Peng Shuai, por videoconferência.
A WTA decidiu, em 1 de dezembro, suspender os torneios que realiza na China, devido à censura e às incertezas que rodeavam o caso, uma decisão que foi seguida também pela Federação Internacional de Ténis (ITF), alguns dias mais tarde.
Após as primeiras acusações ao ex-vice-primeiro-ministro chinês, Peng Shuai veio mais tarde, em dezembro, negar os abusos sexuais, dizendo que se tratou de um mal-entendido, já depois de o circuito feminino ter suspendido a realização de torneios na China.