Crise política afasta consórcio europeu de fabricar baterias em Portugal
13-12-2023 - 14:48
 • Pedro Mesquita , Diogo Camilo

Ministro da Economia lamenta que o país "pode estar a perder" depois do consórcio Naima ter desistido de um negócio "significativo" devido à conjuntura atual.

O ministro da Economia, António Costa e Silva, avançou esta quarta-feira que Portugal já perdeu pelo menos um investimento avultado devido à crise política e a demissão do primeiro-ministro.

“Há um grande consórcio europeu para fabricar baterias elétricas, a Naima, que sinalizou que queria fazer um grande investimento em Portugal. A reunião estava marcada para esta semana e dizem que agora, face à conjuntura política que existe, vão fazer o investimento na Alemanha, na Espanha ou em França”, afirmou António Costa e Silva, em declarações à Renascença à margem da Conferência "Portugal: Um país condenado a ser pobre?", em Vila Nova de Gaia.

O ministro indicou que o investimento por parte do consórcio, que inclui a Total Energies e a Stellantis, seria “significativo”, mas que não estava ainda acordado. “Tento minimizar os riscos todos, mas as crises políticas não são boas porque, no fim, o país é que pode estar a perder”, conclui.

Costa e Silva garante estar a fazer tudo para “serenar os investidores”, depois de ter perdido a estabilidade política.