Mais mudanças no Governo da Ucrânia. Seis vice-ministros demitidos
18-09-2023 - 13:25
 • Reuters

Fontes anónimas do Governo dizem que os vice-ministros apresentaram demissão voluntariamente na sequência de um pedido do novo ministro da Defesa.

O Governo ucraniano demitiu esta segunda-feira seis vice-ministros na sequência da nomeação de um novo ministro da Defesa no início de setembro.

O executivo não avançou motivos para os despedimentos, embora este tipo de ação seja comum quando é nomeado um novo ministro. Entre os exonerados conta-se Hanna Maliar, até agora uma das principais responsáveis por fazer atualizações sobre a guerra da Rússia na Ucrânia.

Rustem Umerov tornou-se ministro da Defesa há menos de duas semanas, em substituição de Oleksii Reznikov, que se debateu com alegações de corrupção no seu gabinete, embora não o atingindo diretamente.

"Recomeço. Começámos. Vamos continuar. O Ministério continua a trabalhar como sempre", escreveu Umerov na sua página de Facebook esta manhã-

Fontes anónimas do Governo citadas pelo site de notícias ucraniano Ukrainska Pravda dizem que os vice-ministros apresentaram demissão voluntariamente na sequência de um pedido de Umerov, e que nenhum vai voltar aos seus cargos.

As mesmas fontes dizem que estão em curso entrevistas com candidatos para os substituir. Uma fonte próxima do Ministério fala mesmo "numa completa renovação em curso".

Umerov diz que entre as suas prioridades contam-se transformar o Ministério na principal instituição responsável por coordenar as forças de defesa ucranianas, melhorar o valor de cada soldado, desenvolver a indústria militar da Ucrânia e continuar o combate à corrupção.

Maliar, advogada especializada em crimes de guerra, era vice-ministra da Defesa desde 2021, tendo apresentado o seu último balanço da guerra na Ucrânia esta segunda-feira de manhã.

Na semana passada, a responsável tinha enfrentado críticas por inicialmente reportar que as forças ucranianas tinham recuperado o controlo de uma aldeia do leste até agora tomada pelas forças russas, tendo sido posteriormente forçada a assumir que a informação não estava correta e que as batalhas no terreno continuavam em curso.

A captura da aldeia acabou por ser anunciada no dia seguinte, embora a Rússia mantenha que continua a controlá-la.