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Mais de meio milhar de pessoas manifestaram-se este domingo em frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra as medidas de prevenção contra a pandemia de covid-19, nomeadamente o uso obrigatório de máscara e o certificado digital de vacinação.
“Não somos gado” e “no meu corpo ninguém me toca” foram alguns dos gritos de ordem dos manifestantes que participaram nesta ação de protesto, que teve início no Terreiro do Paço e foi organizada pelo movimento “Acorda Portugal”.
Munidos de cartazes e de bandeiras de Portugal, a maioria deles sem máscara e sem cumprir o distanciamento de segurança, manifestaram o seu desagrado pelas “medidas ditatoriais” das autoridades sanitárias.
“Esta história do certificado digital apenas tem como propósito estabelecer uma ditadura e nós opomo-nos a isso. Nós prezamos os direitos humanos. Nós somos humanos. Nós não somos gado”, afirmou à agência Lusa o organizador e porta-voz do movimento “Acorda Portugal”, Daniel Leal.
A ação de protesto juntou cerca de 600 pessoas, números avançados pela organização.
No Porto, algumas centenas de pessoas, quase todas sem máscara, manifestaram-se este domingo contra o certificado digital Covid-19 e outras medidas antipandémicas impostas pelo Governo, recusando balizas à liberdade de movimentos.
Mobilizados sobretudo nas redes sociais pelo movimento "Acorda Portugal", os manifestantes concentraram-se durante a tarde, na praça de Leões, junto à Reitoria universitária, descendo até à praça Almeida Garrett, frente à Câmara Municipal, num percurso de cerca de um quilómetro.
"Saímos à rua para defender a nossa liberdade, e contestar a medida do certificado digital Covid-19 assim como as medidas que constantemente têm vindo a atropelar a nossa Constituição", proclamou o movimento na convocatória dos protestos.
O "Acorda Portugal" diz-se um grupo de cidadãos "sem qualquer ligação a partidos políticos" e reclama ter juntado, em apenas dois dias, 10 mil pessoas num grupo de redes sociais".
No protesto do Porto, os manifestantes empunhavam cartazes com frases como "liberdade, sim; segregação e opressão, não" ou "livres - não voltar atrás".
Falando perante os manifestantes, Cátia Moura, do movimento "Acorda Portugal", afirmou que "o que o que está em causa é a liberdade", não concordando "com medidas completamente opressivas e absurdas".
"Não vão abafar a nossa Constituição", acrescentou.
E a plateia respondeu em coro: "Nunca!".