Os incêndios florestais já consumiram, só este ano, o equivalente a 18 vezes a área do município do Porto.
Em conferência de imprensa, o comandante operacional nacional da Protecção Civil, Rui Esteves, adiantou que, entre 1 de Janeiro e 24 de Julho, deflagraram 7.795 incêndios florestais, que consumiram um total de 75.264 hectares em Portugal.
Rui Esteves afirmou que a média do número de ocorrências de fogo e de área ardida é “muito superior” ao decénio de 2007 a 2016.
O comandante da Protecção Civil revelou ainda que foram deitas 64 pessoas por suspeita de fogo posto, com a Polícia Judiciaria a ser responsável por 39 dessas detenções e a GNR 25.
Na conferência de imprensa, Rui Esteves fez também um balanço da actividade operacional da semana entre 16 a 24 Julho, tendo-se registado 774 incêndios, que foram combatidos por 27.793 operacionais e 7.387 veículos, além de se terem realizado 555 missões com meios aéreos.
Durante a última semana, os distritos mais fustigados pelos fogos foram Guarda, Vila Real, Viseu, Bragança e Castelo Brando.
O comandante disse ainda que os maiores incêndios, entre 16 e 24 julho, deflagraram nos concelhos de Alijó (Vila Real), Mangualde (Viseu) e Guarda.
Segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o pior ano em total de área ardida nos últimos dez anos aconteceu em 2016, quando o fogo consumiu mais de 160 mil hectares, seguido de 2013 (152.756 hectares), 2010 (133.091 hectares), 2012 (110.232) e 2009 (87.421).
Antes disso, os piores anos em área ardida registaram-se em 2013 (425.839 hectares) e 2005 (339.089).