O incêndio que deflagrou em Castro Marim já entrou nos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António e destrui edificado, sendo agora a prioridade travar a expansão a sul, onde existe mais população, disse o comandante das operações, nesta noite de segunda-feita.
O fogo deflagrou à 01h05 e chegou a ser dado como dominado pelas 10h20, mas o "quadro meteorológico severo", com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma "reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção", explicou o comandante Richard Marques.
"Para termos ideia, estamos a falar de um incêndio que evolui dois quilómetros por hora, o que representa uma taxa de expansão média de 200 hectares por hora, sendo que nas últimas horas, nas horas subsequentes à reativação, este valor foi o dobro, portanto estamos a falar de um incêndio que evolui com rapidez fulminante", disse o comandante operacional regional de Faro.
Pelas 23h10, segundo o site da Proteção Civil, as chamas estavam a ser combatidas por 375 operacionais, apoiados por 129 viaturas.
Durante o combate às chamas, um bombeiro ficou com queimaduras e foi helitransportado para o hospital, mas encontra-se estável, segundo o responsável.
Foram criadas duas zonas de apoio à população, no Azinhal, Castro Marim, e em Tavira. Duas pessoas chegaram a ser acolhidas em Tavira, mas já voltaram às suas habitações, enquanto outras 12 permanecem no Azinhal.