O exército israelita atacou posições da milícia xiita libanesa Hezbollah no sul do Líbano, em resposta ao lançamento de mísseis antitanque, após 11 dias de trocas de tiros na fronteira, que vive o maior pico de tensão desde 2006.
"As Forças de Defesa de Israel estão atualmente a atacar a fonte dos disparos no Líbano e continuarão a atacar alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah", disse um porta-voz militar.
Por seu lado, o Hezbollah confirmou ter lançado dois mísseis teleguiados, um contra três posições militares israelitas ao largo da cidade libanesa de Naquora e o outro contra a colina de al-Tahyat.
Nesta última zona, os alvos do ataque foram um "centro de congregação para os soldados da ocupação" e um sistema de vigilância, disse a formação xiita, reivindicando que fez várias vítimas nestes locais, incluindo pelo menos uma morte.
O exército israelita, que não confirmou a existência de vítimas, apontou os disparos libaneses para as cidades de Manara e Rosh Hanikra, adjacentes à fronteira libanesa perto do Mediterrâneo, e afirmou ter respondido aos disparos.
Além disso, as forças israelitas indicaram ter destruído dois postos militares em território libanês, depois de terem detetado milicianos que tentavam disparar um míssil antitanque e atacado outro posto de onde foi disparado um míssil antitanque perto de Metula.
Anteriormente, Israel também identificou ataques contra os seus soldados em Shtula, um posto militar avançado em Zarit, bem como em Dvoranit e Har Dov, todos eles perto da fronteira libanesa.
As hostilidades nesta zona aumentaram um dia após o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, a 7 de outubro. São já 11 dias consecutivos de escalada entre as milícias do Líbano e as forças israelitas, a maior desde a guerra de 2006.