A Marinha portuguesa resgatou esta quarta-feira um velejador solitário de nacionalidade polaca, de 55 anos, que se encontrava a cerca de 240 quilómetros a oeste de Aveiro e que tinha caído ao mar na terça-feira, informou aquele organismo.
Num comunicado divulgado na sua página na internet, a Marinha refere que recebeu um pedido de socorro na terça-feira, cerca das 17h00, pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa.
"O velejador, no seu veleiro ELBLAG, de cinco metros de comprimento, caiu ao mar na madrugada do dia 17 de outubro, sofrendo um traumatismo no peito e costas. Conseguiu subir a bordo do veleiro, mas as dificuldades em respirar não permitiram que conseguisse prosseguir a sua viagem, pedindo apoio cerca de vinte horas após este incidente", refere o comunicado.
Segundo a mesma fonte, foi lançado um alerta a todos os navios mercantes nas proximidades do veleiro e empenhado o navio da Marinha NRP Sines, que chegou à posição do veleiro, esta quarta-feira, às 07h10, de modo a efetuar o resgate do indivíduo, depois de ter navegado em condições de mar "muito adversas".
Chegado ao local, o NRP Sines constatou que um navio mercante se encontrava a acompanhar o veleiro, sem ter conseguido entrar em contacto com o velejador polaco, tendo efetuado uma passagem muito próxima ao veleiro, chamando-o por rádio VHF e soando a sereia do navio, para confirmar se o velejador ainda se encontrava a bordo e se estaria consciente.
"Após algumas tentativas, o velejador deu sinal de vida e pediu para ser resgatado por não se encontrar fisicamente capaz de governar a pequena embarcação face às condições de vento e de mar (20 nós de vento e uma ondulação de seis metros)", refere a mesma nota, adiantando que atentas as condições adversas de mar, o comandante do NRP Sines decidiu atracar o navio ao veleiro à deriva.
De acordo com o comunicado, o velejador foi resgatado à terceira tentativa, tendo sido recolhido a bordo do NRP Sines e prontamente assistido pela equipa de saúde, estabilizado na enfermaria do navio e iniciados os procedimentos de evacuação para uma unidade hospitalar, o que deverá ocorrer quando o navio atracar na Base Naval de Lisboa ao final da tarde.