A Vodafone Portugal anunciou esta sexta-feira o “regresso à normalidade” quatro dias após o ciberataque que provocou um “apagão” nos serviços de telecomunicações da operadora.
"No final de uma semana de esforços desenvolvidos para restabelecer as operações da Vodafone Portugal após o ciberataque, ainda que possam vir a verificar-se situações de instabilidade pontual, a rede encontra-se estabilizada, o que inclui, além da voz móvel e fixa, também os serviços de dados e de televisão", afirma a Vodafone, em comunicado.
A operadora explica que esta sexta-feira "foi um dia especialmente dedicado ao restabelecimento da totalidade das funcionalidades específicas para clientes empresariais, encontrando-se a mesma praticamente concluída".
"Do ponto de vista interno, há ainda muito trabalho pela frente para assegurar a total sustentabilidade da operação em aspetos que, não penalizando a disponibilidade dos serviços, impactam a Empresa", adianta a Vodafone, quatro dias após o ataque informática de grande envergadura iniciado na segunda-feira.
A empresa adianta que "os últimos dias foram de trabalho muito intenso para as equipas da Vodafone, que permitiram – após a enorme disrupção de que a Empresa foi alvo – repor em menos de 24 horas o equivalente a uma década de inovação tecnológica, passando de 2G/3G para 4G/5G".
A Vodafone continua a colaborar de forma estreita com as autoridades na investigação em curso para tentar apurar a origem do ciberataque.
Por fim, a empresa "agradece a todos a compreensão e as muitas manifestações de apoio neste período excecional de crise sem precedentes, e enaltece o empenho e a entrega contínua de todos os seus colaboradores e parceiros nesta semana extremamente desafiante".
A RTP avança esta sexta-feira que os piratas informáticos terão conseguido aceder aos sistema da Vodafone através do login e da password de um funcionário da empresa.
Num ataque que demorou meses a ser preparado, os "hackers" conseguiram também clonar o cartão do telemóvel do funcionário para ultrapassar a dupla autenticação.
O cibertaque deixou milhões de utilizadores sem comunicações e afetou serviços essenciais como INEM, Bombeiros e rede Multibanco.
Esta semana, os Laboratórios Germano de Sousa também foram alvo dos piratas informáticos. Desde o início do ano também já foram atacados os site do Grupo Impresa, da Assembleia da República, do Bloco de Esquerda e do Chega e a conta de Twitter da TAP.