Termina esta quinta-feira o prazo para pagamento de apoios para compensar a subida dos combustíveis a táxis e autocarros.
O Governo destinou pouco mais de 20 milhões de euros para apoiar o setor, prevendo pagar 342 euros por cada táxi e 1.890 euros por cada veículo pesado de passageiros, com dinheiros do Fundo Ambiental.
Mas muitos empresários não receberam, denuncia à Renascença o presidente da Federação Portuguesa do Táxi. “Não está a correr bem. Nem todos receberam”, diz Carlos Ramos.
Segundo este responsável, “a administração pública, por razões que nós desconhecemos, deixou caducar muitos documentos que os nossos associados tinham entregado na altura em que se candidataram”, lembrando que as “certidões eram válidas por três meses”.
“Não trataram das candidaturas, os processos, os documentos, perderam a validade. No fundo têm uma burocracia que arranjaram ou que desenvolveram para justificar eventualmente os atrasos de pagamentos”, acusa.
Os taxistas não compreendem como é que tudo isto está a acontecer, numa altura em que crescem as dificuldades com o preço dos combustíveis elavados.
“Uma grande parte dos empresários não recebeu. Isto é difícil manter esta situação assim”, observa.
Por isso, para além de querer ver prorrogado o prazo de pagamento, que termina esta quinta-feira, a Federação do Táxi quer que o Governo avance com o gasóleo profissional para os taxistas.