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Não há qualquer perigo para a saúde das pessoas que foram vacinadas nos últimos dias 9 e 10 de agosto, no Queimódromo do Porto, garante o coordenador da "task force".
A vacinação neste centro foi suspensa devido a uma avaria nos frigoríficos, mas Gouveia e Melo diz que “o que poderá acontecer é que a vacina venha a ser considerada nula e obrigue a nova toma”.
“É uma questão que ainda será avaliada por um protocolo”, disse o coordenador no final da visita ao Centro de Vacinação do Cerco, no Porto, esta quinta-feira de manhã.
“Eventualmente, as vacinas, apesar de terem fugido ao período de temperatura em que deviam estar guardadas, podem continuar ativas e é isso que tem de ser verificado.”
De acordo com o vice-almirante, o processo de readaptação após a deteção do problema está a decorrer com sucesso.
“Perdemos uma capacidade, num espaço específico, de poder vacinar, mas graças a Deus, temos outras capacidades que podem responder imediatamente e foi o que fizemos. Rapidamente conseguimos reconfigurar a operação para superar o problema”, sublinhou em declarações.
O coordenador da vacinação no país continua a ter como meta a vacinação de pelo menos 85% da população portuguesa - uma forma de também proteger os mais novos.
“Queremos vacinar pelo menos entre 85% a 90% da população portuguesa para ter a certeza absoluta de que conseguimos dominar este vírus e retornar às nossas vidas normais. Através de uma imunidade de grupo, que é reduzida, mas uma imunidade de grupo, ainda assim, conseguia proteger a outra faixa que não vai ser vacinada, que são as crianças mais novas”.
Quanto aos pais que manifestam algumas dúvidas em que os filhos adolescentes (entre os 12 e os 15 anos) sejam vacinados, deixa o conselho que considera mais racional: “vacinem-se porque a vacina é estável e segura. Os jovens vão receber a vacina da Pfizer.”
O vice-almirante Gouveia e Melo foi ainda questionado sobre o caso da vacinação de pessoas mais jovens em Lisboa, no Altice, em julho, comparando-o com o caso da vacinação feita no Centro do Cerco, em junho, e que levaria à demissão da diretora da ACES.
Para o coordenador, são casos e circunstâncias completamente diferentes. Em Lisboa, o processo não decorreu à margem da organização.
Ainda assim, Gouveia e Melo fez questão de elogiar a atitude da ex-diretora do ACES, Dulce Pinto, que pediu a sua demissão na sequência do caso.