O secretário de Estado da Administração Regional e Local durante o Governo da Aliança Democrática (AD) de 1980 considera que uma nova aliança entre PSD e CDS "é útil" para a Direita, mas pede contudo que sejam esclarecidos alguns pormenores.
À Renascença, Silva Peneda diz que a AD original "não se pode repetir" e que as situações, a atual e a de 1980, "são completamente diferentes".
No entanto, o antigo governante recorda que na AD de 1980, "os independentes tinham um peso específico muito forte" e quer saber quais os protagonistas que poderão agora integrar as listas desta nova coligação.
"A AD tinha causas de libertar a sociedade civil do poder militar e fomentar a iniciativa privada. E agora pergunto: Quais são as causas?", questiona, também, em relação ao novo acordo entre PSD e CDS.
Silva Peneda dá mesmo uma sugestão a Luís Montenegro e Nuno Melo: "Libertar a sociedade da cultura de subsídio-dependêndia".
Já sobre se o Chega teria condições para integrar uma AD, o ex-secretário de Estado considera que "as condições políticas não são favoráveis" e, portanto, seria "difícil".
Os líderes do PSD e do CDS acordaram esta quinta-feira a formação de coligação pré-eleitoral para as legislativas e europeias de 2024.
O anúncio da nova Aliança Democrática (AD) foi conhecido esta tarde através de um comunicado conjunto enviado à Renascença.
De acordo com os dois partidos, a Aliança Democrática também será composta por "um conjunto de personalidades independentes.