O presidente da Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, considera que o risco de greves constantes na TAP é uma "ameaça grande" para o setor.
Em declarações à Renascença, Pedro Machado diz ver com "manifesta preocupação" o novo anúncio de sete dias de paralisação, entre 25 e 31 de janeiro, dos tripulantes de cabine da TAP.
"Independentemente das causas que estejam por trás desta greve, estamos num período de tentativa de recuperação dos fluxos internacionais e estamos preocupados com a consolidação das pontes aéreas que a TAP serve, em mercados críticos, como, por exemplo, o Brasil", refere Pedro Machado.
O representante do setor do Turismo realça os cenários difíceis no mercado, como a segurança internacional, por causa da guerra na Ucrânia, o surto de Covid-19 na China e os custos da inflação.
Neste cenário, "a principal porta de entrada em Portugal", os aeroportos, estarem condicionados, "prejudica o todo nacional", alerta.
Pedro Machado acredita que a TAP "não suporta mais crises artificiais, por força de um desentendimento", e que a greve "atinge a credibilidade do país no que toca à imagem internacional".
É importante para Portugal que a companhia aérea resolva este problema o quanto antes, apela.
"Dificilmente, a TAP receberá mais uma injeção de capital do Estado. E o Governo terá, de uma vez por todas, equacionar a possibilidade de um grupo económico dar a mão à empresa", concluiu, ainda.