A Roménia anunciou esta terça-feira a expulsão de 10 diplomatas russos, depois da União Europeia (UE) e engrossando um movimento que já engloba diversos Estados-membros.
Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) romeno, a Roménia irá expulsar 10 diplomatas russos pelo seu envolvimento em "atividades e ações que desrespeitam o estipulado na Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas".
No texto, o MNE de Bucareste "reitera a condenação firme dos crimes cometidos em Bucha e outras localidades da Ucrânia, pelos quais a Federação Russa deve responder".
A Roménia entrou na União Europeia em 2004 é um dos Estados-membros que tem fronteira com a Ucrânia, de onde está a receber refugiados.
Vários Estados europeus têm expulsado pessoal diplomático russo, depois de a Federação Russa ter sido acusada de crimes de guerra na localidade de Bucha, nos arredores de Kiev.
Ainda esta terça-feira, foi divulgado que Estónia, Letónia, Suécia e Eslovénia também expulsaram diplomatas russos, num total de 63, sob justificações que incluíram atividades de espionagem.
O chefe da diplomacia do bloco europeu, Josep Borrell, anunciou hoje a decisão de "designar 'persona non grata' vários membros da Missão Permanente da Federação Russa na UE, por se envolverem em atividades contrárias ao seu estatuto diplomático".
O total de diplomatas russos envolvidos por esta decisão de Borrell ascende a 19.
Portugal declarou como "persona non grata" 10 funcionários da missão diplomática da embaixada russa em Lisboa, dando-lhes duas semanas para abandonar o país, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, igualmente, esta terça-feira.
Em comunicado, o ministério liderado por João Gomes Cravinho explica que as "atividades" daqueles funcionários são "contrárias à segurança nacional" e refere que o Governo notificou o embaixador russo "esta tarde".
Sublinhando que nenhum dos funcionários expulsos do país é diplomata de carreira, o Governo refere "a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano".