A União Europeia vê um "sinal de desespero” do Presidente russo, Vladimir Putin, ao anunciar uma mobilização de 300 mil militares na reserva para combater na Ucrânia.
Para o porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Peter Stano, o anúncio de Putin e a realização de referendos de anexação de territórios ucranianos só demonstram que Moscovo está interessado em continuar e avançar na sua guerra destrutiva.
“Esta é mais uma prova de que Putin não está interessado na paz, ele está interessado em escalar a sua guerra de agressão. Também é mais um sinal de desespero pela forma como a sua agressão contra a Ucrânia está a correr”, afirma Peter Stano.
O porta-voz do chefe da diplomacia europeia condena também Vladimir Putin por aquilo que diz ser "um jogo nuclear".
As reações à declaração do Presidente russo, que decretou uma mobilização parcial para reforçar o contingente militar na Ucrânia, vêm um pouco de todo o lado.
A China apela ao diálogo e a que se apoie “qualquer esforço” que permita um cessar-fogo na Ucrânia. Um apelo deixado pelo porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
Quanto aos países fronteiriços com a Rússia, já avisaram que vão tomar medidas para proteger o país de uma eventual provocação de Moscovo.
A Letónia vai acolher reservistas russos que queiram fugir do país. Já a Lituânia colocou as forças de ação rápida em alerta máximo junto à fronteira.
Quanto à Polónia, diz que fará tudo o que puder para que NATO apoie ainda mais a Ucrânia para que se possa defender.
Mais a norte, a Finlândia está atenta aos movimentos dos vizinhos russos. O ministro da Defesa diz que as forças finlandesas estão preparadas e que a situação está a ser monitorizada de perto.