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Dois meses depois de ter entrado em funcionamento, em Évora, a Estrutura Municipal de Apoio (EMA) ao hospital “suspendeu temporariamente” a sua atividade. O anúncio foi feito, nesta segunda-feira, em comunicado enviado à Renascença, pelo Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
“O último doente internado nesta estrutura teve alta no dia 17 de março. A EMA suspendeu temporariamente, desde 21 de março, a sua atividade, devido ao abrandamento da infeção a nível local e regional”, revela o hospital, adiantando que foram internados na mesma estrutura, desde o início do seu funcionamento em janeiro, 123 doentes com Covid-19.
Numa declaração de agradecimento, a presidente do Conselho de Administração do HESE recorda que o trabalho desenvolvido “pelas equipas e por cada uma das instituições ultrapassou todas as expetativas”.
Segundo Maria Filomena Mendes, foi criada “uma unidade verdadeiramente focada no doente, concebida e desenvolvida por equipas dedicadas”, com o contributo, entre outros, do Serviço de Urgência, Unidade de Cuidados Intensivos, Medicina Interna, Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente, Enfermarias Covid-19, e Medicina de Apoio.
Este equipamento de apoio foi cedido pela Câmara de Évora, para receber os doentes das enfermarias do HESE que já não necessitassem de cuidados hospitalares.
“Esta estrutura foi um sucesso pela rapidez com que entrou em funcionamento, fazendo frente às necessidades do momento, pelo trabalho que foi desenvolvido pelas equipas, pelos doentes que tratou e é um exemplo da importância da articulação e parceria entre instituições”, destaca a responsável.
Nestes últimos dois meses, a EMA contou com a colaboração de uma equipa multidisciplinar do hospital eborense, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistente técnico, assistentes operacionais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos e os profissionais dos Serviços de Instalações e Equipamentos, Tecnologias e Sistemas de Informação e Aprovisionamento.
“Fizeram história dentro e fora do Hospital porque sem a EMA não teria sido possível dar resposta aos doentes mais graves que precisavam de internamento no hospital, principalmente na fase em que chegámos a ter 120 doentes covid internados”, recorda Maria Filomena Mendes.