Três homens foram condenados esta semana a seis ou mais anos de cadeia, na Rússia, por serem membros ativos da religião Testemunhas de Jeová (TJ).
Um dos homens foi condenado a seis anos e os outros dois, incluindo o filho do primeiro, receberam penas de seis anos e meio. Todos estavam há mais de dois anos em prisão preventiva enquanto aguardavam o final do julgamento.
Vilen Avanesov, Aleksandr Parkov e Arsen Avaneso foram acusados de terem reativado um núcleo daquela confissão religiosa que já tinha sido forçosamente encerrada pelas autoridades.
Este é o mais recente caso de perseguição a esta denominação religiosa na Rússia, depois de em 2017 uma sentença de tribunal ter descrito o grupo como “extremista”. Um porta-voz dos TJ a nível internacional diz que há 51 fiéis do grupo detidos na Rússia e na Crimeia.
A posição das autoridades russas tem merecido a condenação da comunidade internacional, incluindo dos Estados Unidos, que colocaram a Rússia na lista de países de “especial preocupação” em termos de ameaças à liberdade religiosa especificamente por causa deste problema.
Algumas organização não-governamentais já se manifestaram contra este caso mais recente. “Estes homens nunca deviam ter passado um único minuto na prisão, porém estão detidos há dois anos. Nunca é tarde para as autoridades russas travarem estas detenções, libertar as testemunhas de Jeová que estão atrás das grades, parar os processos em curso e anular as condenações que já aconteceram”, diz Rachel Denber, vice-diretora da Human Rights Watch para a Europa e Ásia Central, em declarações reproduzidas pela agência "Religion News Service".
As Testemunhas de Jeová são uma religião que data do Século XIX. Embora se considerem cristãos, usam uma versão alterada da Bíblia e não são reconhecidos como cristãos pela maioria das confissões cristãs, incluindo a Igreja Católica.