O Vaticano confirmou, esta sexta-feira, o primeiro caso de coronavírus. O paciente estava nos serviços de saúde da Santa Sé.
"A Direção de Saúde e Higiene está a informar as autoridades competentes italianas, tendo sido, desencadeados os previstos protocolos de saúde", acrescenta o mesmo texto.
O Vaticano tem cerca de 1.000 moradores e, segundo a mesma fonte, “todos os doentes que passaram pelo centro médico estão a ser avisados”.
Na quinta-feira, o Vaticano anunciou estar a estudar medidas para impedir a disseminação do coronavírus, que serão tomadas em coordenação com as adotadas pelas autoridades de Itália, onde existem mais de 3.000 infetados e cerca de 150 mortos.
“As atividades do Santo Padre, da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano nos próximos dias serão sujeitas às medidas que estão a ser estudadas para impedir a propagação do Covid-19”, também em coordenação com as autoridades italianas, disse o porta-voz.
Há três dias, o Papa foi submetido a testes para despistar uma eventual infeção com coronavírus. Os resultados foram negativos.
O Governo da Itália decretou a suspensão de qualquer evento que envolva concentrações de muitas pessoas, a fim de conter a epidemia.
A Itália é agora o país com o registo diário de mortos e infetados mais elevado, em todo o mundo. As autoridades reportaram, ontem, 41 mortos e 769 casos positivos de infeção.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.387 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 86 países, incluindo nove em Portugal.
Até ao momento mais de 55 mil pessoas já recuperam.
Além dos 3.042 mortos na China Continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos, Filipinas, Espanha, Reino Unido e Iraque.
A Direção-Geral da Saúde, que tem um microsite com múltiplas informações sobre a doença, recomenda como principais medidas de prevenção a frequente lavagem de mãos. Em caso de possível contágio, a indicação é ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) e evitar deslocações aos serviços de saúde.