O Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) indicou este sábado que se mantém o restabelecimento gradual dos serviços essenciais para acesso ao sistema informático por parte dos profissionais, após o ciberataque de domingo.
"O Sesaram informa que se mantém o restabelecimento gradual, seguro e tecnicamente possível, de serviços essenciais para o acesso ao sistema informático por parte dos profissionais, de acordo com as instruções técnicas", lê-se num comunicado enviado às redações.
O Serviço Regional de Saúde adianta que efetuou "a recuperação parcial de sistemas de gestão de recursos humanos, serviços farmacêuticos e aprovisionamento".
A instituição recorda, igualmente, que na sexta-feira, "foi possível dispor da agenda eletrónica", possibilitando a marcação de atos de saúde.
Na nota, o Sesaram mantém o apelo aos utentes que se desloquem às unidades de saúde, por diferentes motivos, que se façam acompanhar de toda a informação clínica que tenham na sua posse, sejam relatórios de exames, análises clínicas, medicação ou notas de alta.
Em declarações aos jornalistas na sexta-feira, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou que o executivo vai reforçar em 15 milhões de euros o investimento na cibersegurança do Serviço de Saúde da região e assegurou que não cede "a chantagistas".
"Não temos qualquer condição, mesmo até do ponto de vista político, ético e moral, para estar a ceder a chantagistas", disse Miguel Albuquerque, referindo-se a um eventual pedido de resgate por parte dos autores do ataque, sinalizado às 08h11 de domingo e que provocou uma "disfunção na rede informática" do Sesaram.
O chefe do executivo insular não confirmou, porém, se o pedido de resgate foi feito.
Na segunda-feira, o Serviço Cibersegurança do Governo Regional indicou que o tempo de recuperação do ciberataque ao Sesaram será "prolongado" e apelou aos utentes para tomarem "cuidados redobrados" no acesso à informação.
A Polícia Judiciária e o Centro Nacional de Cibersegurança estão a investigar o ciberataque.