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O cardeal patriarca de Lisboa dirigiu uma carta ao clero da diocese, no Domingo do Bom Pastor, na qual destaca a necessidade de manter suspensão das celebrações comunitárias, “a bem da saúde pública”. Na missiva recorda ainda que o Governo não autorizou celebrações até ao fim deste mês.
“Sabemos que o fim do estado de emergência não significou o fim da pandemia e do grande perigo de ela alastrar, se não mantivermos o cuidado necessário. O Governo não autorizou celebrações religiosas em geral até ao fim deste mês; e o Santo Padre pediu para todos nós a graça da prudência e da obediência às orientações oficiais, para que a pandemia não regresse”, escreve
O Cardeal patriarca recorda que o Governo não autorizou celebrações religiosas em geral até ao fim deste mês – um prazo para cumprir. “Custa-nos certamente, mas temos de cumprir, a bem da saúde pública. Atentos ao bem de todos e de cada um, com o cuidado que a sua vida nos requer, da saúde do corpo à do espírito, totalmente considerada e respeitada, para ser vida em abundância.”
Com o regresso das missas adiado até 30 de maio, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) assume a “a dificuldade pessoal de assim ter de ser, a bem de todos”.
“Como vós, fui formado para acompanhar presencialmente o Povo de Deus, em especial na celebração eucarística e demais sacramentos, cuja administração nos define e realiza. Assim voltará a ser, logo que possível, como o Povo de Deus tanto anseia – e nós com ele”, acrescenta.
Nesta missiva, D. Manuel Clemente aproveitou também para saudar a “dedicação demonstrada ao Povo de Deus”.
“Especialmente neste tempo difícil, em que a presença física tem de ser quase substituída pelos meios de comunicação, antigos e novos, ao nosso alcance. Tem sido grande a vossa ação e criatividade neste sentido.”
Portugal contabiliza 1.023 mortos associados à covid-19 em 25.190 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado no sábado.
O país entrou este domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à Covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.