Os líderes mundiais reunidos na Turquia para a reunião do G20 prometem uma “mensagem forte” sobre o problema do terrorismo, na sequência de vários atentados que fizeram perto de 130 mortos em Paris, na noite de sexta-feira.
Antes do começo da reunião, este domingo em Antlaya, vários dos presentes falaram à imprensa e a ameaça terrorista foi um traço comum aos discursos.
Barack Obama começou a manhã reunido com o presidente turco Erdogan. No final Erdogan prometeu que a reunião não terminará sem uma “mensagem forte” sobre o terrorismo, e sublinhou que os atentados de Paris comprovam que se trata de uma ameaça colectiva.
Por sua vez, Obama referiu a solidariedade dos EUA com a Europa e com os franceses em particular, destacando também o enorme esforço levado a cabo pela Turquia para receber refugiados da guerra na Síria e especificando que Ancara tem sido um forte aliado de Washington no combate ao Estado Islâmico.
“Não devemos misturar as diferentes categorias de pessoas que estão a chegar à Europa"
Em representação da União Europeia, Jean-Claude Juncker insistiu que os países europeus não devem ceder à tentação de culpar colectivamente os refugiados por aquilo que se passou em Paris. “Não devemos misturar as diferentes categorias de pessoas que estão a chegar à Europa. O responsável pelo ataque em Paris é um criminoso e não um refugiado”, disse, referindo-se a um dos terroristas que já foi identificado como tendo chegado através da Grécia e da Sérvia, onde fez pedidos de asilo.
Vários líderes europeus que sempre foram contra a política de acolhimento de refugiados têm dito que o atentado de Paris põe em causa o sistema de quotas decidido em Bruxelas. Mas Juncker pediu seriedade na discussão. “Gostaria de lhes recordar que devem ser sérios sobre isto e não ceder a estas reacções básicas”, disse.
"Compreendo a dificuldade, mas não vejo a necessidade de alterar a nossa abordagem geral", afirmou.
A reunião do G20 começou este domingo e termina na segunda-feira.