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O primeiro-ministro António Costa, na conferência do Conselho de Ministros, revelou que o plano de desconfinamento será apresentado daqui a 15 dias, ou seja, a 11 de março.
“Plano será gradual, progressivo e diferenciado em função de setores e atividade e, porventura, de localizações”, disse.
António Costa disse que falar já do desconfinamento é “distrair cidadãos do essencial”. "Se houve lição que todos devemos ter aprendido este ano é que devemos evitar confundir os cidadãos com mensagens demasiado sofisticadas que acabam por induzir em erro", disse.
O primeiro-ministro insistiu que a situação do país está “melhor que há uma semana, há quinze dias, há um mês, mas bastante pior do que quando desconfinámos em maio”.
Questionado se existe algum “número mágico” para o desconfinamento, o primeiro-ministro sublinhou que “temos de evitar a todo o custo que tenhamos de andar para trás”.
“Temos de ter muito cuidado porque em maio conhecíamos os riscos de haver retrocessos e em outubro sabia-se que janeiro seria o mês de maior dificuldade, mas excederam-se todas as expectativas, por isso não podemos correr riscos”, disse.
Costa fez ainda um apelo à prudência. “Sei que a ansiedade de ver luzinha ao fundo deste confinamento, mas não queria contribuir para criar qualquer tipo de ilusão e para que as pessoas percam de vista a ideia de que nos próximos 15 dias há que manter tudo o que foi feito”, disse.
Esta sexta-feira, o Conselho de Ministros aprovou "sem qualquer alteração" a renovação do decreto lei do estado de emergência.
Segundo António Costa, as medidas estão a ter efeitos na redução do índice de transmissão da Covid e na redução do número diários novos casos.
"Este ainda não é o tempo do desconfinamento, porque temos melhorias, mas todas as melhorias são relativas", diz o chefe do Governo, comparando a atual situação com maio e setembro do ano passado.
"Temos um número quatro vezes superiores aos que tínhamos em maio quando início o desconfinamento", sublinha.
Portugal ainda tem "um número extremamente elevado de doentes internados" com Covid-19, frisa António Costa, para justificar a manutenção do estado de emergência sem alívio de restrições.
O primeiro-ministro também se mostrou preocupado pela prevalência da nova variante britânica nos novos casos de Covid-19.
As restrições para travar a pandemia de Covid-19 vão manter-se, pelo menos, nas próximas semanas.
O Presidente da República disse, na quinta-feira, que o confinamento deve prolongar-se pelo menos até à Páscoa, no início de abril.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, reabrir a sociedade e a economia "a correr" seria "tentador e leviano", mas defende um plano de reabertura faseado.