O ministro da Saúde está convencido que as reformas que estão em curso vão resolver a situação que se vive nas urgências hospitalares.
Manuel Pizarro está esta manhã no Parlamento, na comissão de saúde, explicou que a urgência acaba por ser a porta de entrada no SNS, e que é preciso encontrar alternativas que alterem esta situação.
De acordo com o governante, “quem é responsável por gerir o sistema de saúde é quem tem que encontrar as alternativas adequadas para que as pessoas procurem uma solução, um percurso alternativo na urgência”, mostrando-se convencido que o trabalho que está a ser feito “a partir do projeto piloto que está em desenvolvimento na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, vai conduzir ao encontrar destes modelos, que terão depois que ser adaptados localmente, em função das circunstâncias”.
“Não é igual adotar um modelo destes em sítios onde há plena cobertura de médicos de família e toda a gente tem resposta nos cuidados de saúde primários ou em locais onde os cuidados saúde primários têm dificuldade de resposta significativa. E, naturalmente, temos que fazer esta adaptação em cada sítio”, explicou.
Perante as críticas da oposição, Manuel Pizarro prefere falar sobre a reforma que está em curso e que vai dar frutos. O governante acredita que no próximo ano vão estar a funcionar entre 220 e 250 unidades de saúde familiar modelo B, o que vai permitir a mais de 200 mil portugueses terem médico de família.
O ministro disse aos deputados esperar que “entre hoje e amanhã” seja possível publicar as notas de esclarecimento, as chamadas ‘FAQ's’, perguntas e respostas para permitir a aplicação” da dedicação plena, sublinhando que “há uma enorme expectativa no terreno sobre a aplicação da dedicação plena e a generalização das unidades de saúde familiar modelo B”.
“Esperamos que entre 220 a 250 possam iniciar a sua atividade já no próximo mês de janeiro e que isso permita alargar o acesso a médico de família a cerca de 200 a 300 mil portugueses. O número é variável, tem que se ver unidade a unidade”, disse.