O Banco Central Europeu (BCE) deu luz verde a António Domingues para novo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas chumbou oito nomes propostos para o Conselho de Administração.
António Domingues poderá acumular o cargo de presidente da comissão executiva (CEO) com a liderança do conselho de administração ("chairman"), mas só por um período de seis meses. O BCE exige que dentro de meio ano a Caixa tenha pessoas diferentes a desempenhar as funções de CEO e de "chairman".
“A separação das funções de presidente do Conselho de
Administração e de presidente da Comissão Executiva foi considerada necessária
no prazo de seis meses. Período esse que o Governo utilizará para analisar com
o Banco de Portugal e com o BCE esta questão”, avança o Ministério das
Finanças, em comunicado.
O gabinete do ministro Mário Centeno anuncia que o BCE não aprovou oito nomes propostos para administradores não-executivos, por desempenharam funções noutras empresas.
O Governo adianta que a nomeação dos sete administradores não-executivos que receberam luz verde do Banco Central Europeu "será feita num curto espaço de tempo já que não houve sobre estes qualquer objecção relativamente à adequação ou idoneidade, nem foram identificados quaisquer conflitos de interesses impeditivos".
"A nomeação destes administradores não-executivos
completará o Conselho de Administração, assegurando assim o funcionamento de
todas as comissões especializadas que integram a estrutura de governação
aprovada pelo BCE", conclui o Ministério das Finanças.
A tomada de posse da nova administração está marcada para dia 24, uma semana antes do fim do prazo acordado entre o Governo e actual administração, que se demitiu em Julho.