A tempestade tropical "Filipo" atingiu, na madrugada desta quarta-feira, Maputo e os ventos fortes, com rajadas até 120 quilómetros/hora arrastaram coberturas, derrubaram árvores e as cheias afetaram cerca de 510 casas.
A companhia aérea moçambicana LAM cancelou vários voos e, já na terça-feira, um avião teve de ser desviado.
O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disponibilizou barcos, drones, alimentos e água para apoiar as populações mais afetadas por esta tempestade que entrou no país pelo Sul e que pode afetar mais de 500 mil pessoas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) de Moçambique confirmou, ainda na terça-feira, que a tempestade tropical severa "Filipo" tinha entrado no continente pelas 05h00 (03h00 em Lisboa), pelo distrito de Inhassoro, província de Inhambane, seguindo para sudoeste, nomeadamente Maputo.
Antes da chegada à província de Inhambane, os primeiros impactos do fenómeno afetaram, sobretudo, os distritos de Búzi e a cidade da Beira, além de Machanga, que faz fronteira com a província de Inhambane.
Já na manhã de terça-feira, um total de 98.756 pessoas tinham ficado sem energia elétrica em Moçambique devido à tempestade tropical severa, anunciou a empresa Eletricidade de Moçambique (EDM).
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.