O PSD considera que o recuo do PS em relação ao aumento do IUC para matrículas anteriores a julho de 2007 revela "desnorte absoluto" de um partido que está "em modo de campanha eleitoral e vai usar este processo orçamental para essa campanha eleitoral".
A crítica é feita pelo líder parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, comentador residente do debate São Bento à Sexta, da Renascença, com Eurico Brilhante Dias, líder da bancada socialista.
O social-democrata recorda que, "há três semanas, no São Bento à Sexta, Eurico Brilhante Dias defendeu a medida de subida do IUC, dizendo que era uma medida positiva e ambientalmente responsável. Passadas três semanas, subscreve a eliminação da medida".
Miranda Sarmento fala de "pressa em cima do joelho" por parte do PS, lembrando que o PS "pediu um adiamento da hora limite de entrega das propostas para as 23h00" de ontem, porque às 18h00 - hora limite para os grupos parlamentares entregarem as propostas de alteração ao OE 2024 - "o PS não tinha uma única proposta entregue".
"Terei muita curiosidade em ver a votação, porque, uma vez que a proposta do PSD entrou primeiro, terá de ser votada primeiro. Quero ver se não teremos esta suprema ironia de o PS votar contra a proposta do PSD, para, depois, votar a favor de uma proposta exatamente igual à do PSD", refere o líder parlamentar do PSD.
Sarmento diz que "há pressa em cima do joelho e o PS avançou com um conjunto de propostas, muitas delas contraditórias com o que está no Orçamento do Governo".
"Já o PSD mantém a sua coerência. Desde o primeiro momento, foi contra a medida. Apresentamos uma proposta de alteração ao Orçamento, exatamente, para eliminar a medida", conclui.